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sábado, 16 de julho de 2011

Médium de Umbanda ou de Espiritismo?



A mediunidade ainda é tida como algo misterioso ou até demoníaco. Escuto cada coisa no meu consultório!
Você que está lendo meu texto é médium também, sabia? Todos nós somos médiuns em maior ou menor grau. Alguns tem um dom mais específico, mais intenso. E pode florescer maravilhoso naturalmente ou então se iniciar como uma doença estranha ou de difícil diagnóstico.
Atendi esses dias um rapaz que era evangélico, mas que agora começou a se interessar pela Umbanda. Ele estava confuso. Não sabia se frequentava uma casa espírita ou uma Tenda de Umbanda.
O início da mediunidade, às vezes, é muito doloroso. A pessoa sofre muito e, se não tiver orientação acha que está louca ou possuída pelo demônio. Alguns casos são mesmo de obsessão espiritual. A pessoa se sente incomodada em casa, vê vultos, sente arrepios, presença. Sente medo de ficar em casa porque tem a sensação de que está sendo observada. Junte-se a isso pesadelos, noites mal dormidas. Pode ser um caso de mediunidade "aguda" mesmo, prenhe de ser desenvolvida. Hora de se apresentar ao mundo e daí preparar o campo para fazer o Bem para as pessoas. O médium é o correio do Além; está a serviço da Espiritualidade Maior, isto é, dos Espíritos do Bem. A médium medrosa e insone vai parar no centro espírita e , como num passe de mágica, depois do passe , da palestra volta melhor para casa. Se for apenas um caso de obsessão é necessário um trabalho de doutrinação do espírito. Ele pode estar por perto, por conta de algum defeito ou ponto fraco que ela tenha ou então tem raiva dela por conta de um passado nebuloso onde ele foi a vítima. Feito o tratamento espiritual a médium volta à vida e desaparecem os sintomas desconfortáveis, mas se for uma mediunidade "aguda" ela vai sentir muita coisa enquanto estiver no centro espírita: arrepios, sensação de que alguém está querendo falar por ela, visão de espíritos, tremores nas mãos, fremitos na mão, vontade de escrever.Desenvolvido o dom resta à médium trabalhar com seus guias e estudar sempre vigiando atos e pensamentos, porque o médium tem a aura mais aberta tanto para bons espíritos como para os maus.

O Espiritismo e a Umbanda acreditam na vida eterna, no mediunismo, nos guias espirituais, mas são religiões totalmente diferentes.
Como na vida nada é por acaso se você foi parar numa Tenda de Umbanda e lá desenvolve seu dom - tudo tem seu porquê.
Eu acredito que o psiquismo de um médium umbandista é diferente do médium que trabalha em uma casa espírita.
Já trabalhei simultaneamente nas duas religiões mas optei por ficar como médium umbandista ou seja trabalho num terreiro de Umbanda. Mas o médium é médium em qualquer lugar. Não é só médium no terreiro ou na casa espírita, ele é um porta voz da espiritualidade.
Imagine uma geladeira cheia de imãs, isto é um médium, acaba atraindo os espíritos. Aliás, todos nós ou estamos irradiando ou recebendo. Todos nós somos antenados com os dois planos: terreno e espiritual.
Se estamos tristes- espíritos da mesma linha "deprê" vão se acercar de nós, porque são atraídos pelas vibrações afins. Se estamos com inveja, desejos de vingança, uma equipe completa da turma do Umbral vai se acercar de você para lhe influenciar e fortalecer seus desejos negativos.
Observo que muitos jovens tem sintomas mediúnicos mas tem medo de contar para os pais e serem discriminados. Na minha comunidade de paranormalidade muitos jovens se interessam por esses assuntos e, alguns, tem fortes dons mediúnicos.
Independente de religião a mediunidade está aí- na igreja, no culto, na missa, na tenda de umbanda, na casa espírita, na tenda de camdomblé. Estão sempre presentes encarnados e desencarnados, os dois planos se misturam.
O que você vê incorporado em algumas pessoas em cultos evangélicos nada mais do que é médiuns perturbados e obsidiados. Nada de demônio. São entidades sofridas ou até trevosas e maldosas, mas todas, um dia, vão evoluir. O Mal não é eterno!
Agora, os adultos tem medo de se comprometer e desenvolver o dom. É sempre a mesma fala:
"Ah, tenho medo! Medo de me comprometer e depois não poder sair mais"
Então, estude e se informe.. porque enxada sem uso enferruja.
Não sou muito adepta de centros espíritas que formam médiuns em cursos muito longos, mas sem prática. Só falta diploma, MBA , pós-graduação em mediunidade.
Acho que tem que haver estudo, mas hoje em dia a mediunidade está sendo burocratizada. Isso é perigoso. Necessário prática e estudo- simultaneamente.
E, no Terreiro também o médium tem que ler, estudar para ser um bom veículo espiritual para seus guias.
Algumas coisas que ouvi falar:

  • "Não estou conseguindo desenvolver a mediunidade, porque amarraram meu anjo de guarda": isso é uma bobagem. O nosso mentor espiritual Maior é um guia de luz.
  • "Não estou conseguindo desenvolver no terreiro, porque meu exu TÁ NA FRENTE!"- mas como na frente? Os espíritos bons tem mais o que fazer e não ficam seguindo a gente como zumbis. Se você é médium mesmo seu guia virá naturalmente sem forçar nada.
  • "Minha vida está ruim e carregada porque tem uma pomba gira me atrapalhando no amor": isso é uma bobagem. Exu pomba gira não fica atras de ninguém e, nem , muito menos tem a tarefa de arrumar namorado, marido ou tirar marido de ninguém. Estou falando do Exu mesmo e não de espíritos zombeteiros , do astral inferior. Os bons espíritos podem sugerir bons pensamentos, orientação amorosa, mas o livre arbítrio é seu!
  • Se você é médium pode girar e desenvolver seu lindo dom sem muito barulho, pulos ou saltos malucos. Já vi cada coisa que nem parecia ser uma incorporação mediúnica mas o trágico bordão da incorporação do "caboclo do eu mesmo".
  • Alguns terreiros só permitem que o médium comece a dar consultas através dos seus guias quando o guia riscar o ponto. É como se fosse o documento do guia ; é como ele se mostra.Não fique ansioso; tudo tem seu tempo certo.
  • Na casa espírita, o médium quer logo incorporar, escrever, ver, enfim, fica aflito. A mediunidade é um dom espontâneo e só existe com o concurso dos espíritos desencarnados. Deixe fluir!


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