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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Entrevista Imaginativa com Doutor Freud- Parte I




"Talvez nenhum homem do século tenha sido tão biografado. Para grande parte dos psicanalistas é Freud no céu e Deus na Terra! É considerado, simultaneamente, o gênio, o mestre, o criador da sensibilidade moderna e, ao mesmo tempo, o charlatão e o plagiador. Cada um, desde o intelectual até um simples trabalhador tem a sua concepção do” pai da psicanálise “, a qual nem sempre corresponde à realidade”.
A psicanálise abre espaço para a expressão do inconsciente, sem se precipitar no misticismo irracional. Hoje, em dia, a psicanálise é um labirinto intricado. Exige iniciação!”(Trechos do texto o doutor Freud-para lá das mitologias-Severino Francisco-Jornal de Brasília-11/06/1989)”.

   Essa entrevista foi muito especial para mim! Um insight transcendental!Foi iniciada exatamente nos dias sete, oito e nove de novembro na década de 1990 quando eu cursava a faculdade de Psicologia na Unisal (Universidade Salesiana de Lorena-SP) Fez parte de um trabalho de Psicanálise sobre vida e obra de Dr. Sigmund Freud.

  O entrevistado era uma pessoa muito especial, Dr. Sigmund Freud.Entramos numa dimensão diferente a qual só tem acesso Relax Mental. O segredo para o acesso a essa dimensão onde estão os talentos desencarnados, as pessoas especiais que já partiram, jamais saberão! Isso faz parte do mistério de Relax Mental, um site de saúde mental, sonho e fantasia. Totalmente ecumênico onde respeita todos os credos religiosos.

    O acesso a Freud começou com uma grande admiração através de um estudo perseverante de toda a sua obra. Surgiu a semente e a vontade de transformar o estudo em uma curiosa e diferente entrevista.

  Mergulhei nas profundezas do meu inconsciente. Mergulhei nas profundezas de uma dimensão difícil de descrever! A entrevista com Dr.Freud foi algo difícil de descrever, mas fruto de muito estudo.

  Relax Mental escolheu uma sala confortável num lugar onde Dr.Sigmund Freud pediu sigilo absoluto.Almofadas jogadas no chão, carpete verde escuro, um sofá bege e duas cadeiras de madeira crua. A parede da sala pintada de verde claro e havia uma cortina rústica de bambu cobrindo a janela.Peguei meu notebook, escolhi uma cadeira e fiquei à espera dele. Ah!Querem saber a data de nascimento do Dr. Freud? Eu me interessei porque adoro numerologia.

  Sigismund Schlomo Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravia (atualmente Pribor, Checoslovaquia ), filho de Jacob Freud e sua terceira esposa, Amalia (vinte anos mais jovem que o marido). A familia falava alemão. Sigi, como era chamado por seus parentes, teve sete irmãos mais jovens.

  Dr.Sigmund Freud chegou pontualmente às dezenove horas:

Relax Mental: “Deus do céu! Freud em carne e osso! Mas carne e osso seria o termo apropriado? Ah, não! - pensei. Tentava acalmar os nervos a adrenalina agitando meu coração. Eu não poderia estragar a entrevista por conta da ansiedade, mas suava frio”.

Disfarcei o nervosismo e tirei o olho do notebook.Olhei para a porta e ela se abriu! Entrava na sala Dr.Sigmund Freud! Eu me levantei para cumprimentá-lo. Ele se sentou no sofá e cruzou as pernas. Um senhor de ar circunspeto, mas simpático. Calvície pronunciada, barba branca e nariz adunco. Os olhos escuros estavam atrás de um par de óculos de lentes redondas. Casaco cinza aberto mostrando um colete escuro fechado por quatro botões. Saía do segundo botão do casaco uma corrente grossa e dourada do seu relógio de bolso. Ele olhou para mim com olhar grave e sério. Tremi!

 Um momento histórico!

  Freud estava de excelente humor e disse que eu poderia começar a entrevista. Era a primeira vez que seria entrevistado através de um site da Internet!
Olhei para o notebook e respirei fundo. A presença daquele homem era forte, mas a energia era boa, positiva:

R.M: - Dr. Freud, quando o senhor nasceu?- perguntei com voz trêmula.

Freud: - Nasci às 18:30min do dia seis de maio de 1856 em Freiberg na Morávia, pequena cidade onde agora é a Tchecoslováquia.- seus olhos ficaram distantes.

R.M: Fale um pouco sobre seus pais!- pedi. Meu receio é que ele começasse a me analisar. Interpretar meus gestos, o olhar...

Freud: - Meus pais eram judeus e eu próprio continuei judeu. Meu pai chamava-se Jakob Freud, nasceu em Tysmenitz na Galícia, no dia 18 de dezembro de 1815 e viveu até 23 de outubro de 1896.Ele era comerciante, ligado principalmente a negócios de venda de lã. Do primeiro matrimônio que contraiu com a idade de 17 anos teve dois filhos: Emmanuel e Philippe. Em julho de 1855, casou-se com Amalie Nathansohn em Viena. Viveu até os 81 anos. Na época do segundo casamento ele já era avô!- acrescentou com bom humor.

R.M: Dr.Freud! Seu pai já era avô quando se casou pela segunda vez? - tornei a perguntar curiosamente.

Freud: - Emmanuel, seu filho mais velho, era pai de um menino de um ano de idade. Era meu sobrinho Jonh. Já nasci tio!- acrescentou com um sorriso divertido.

R.M: - Sr.Jacob era muito severo?- inquiri erguendo os olhos do note. Freud ficou quieto por alguns instantes como se buscasse em sua memória fabulosa alguma lembrança.

Respondeu:

Freud: -Ele era justo, mas tolerante. Nós tínhamos o Círculo da Família, reuniões onde eram discutidos os problemas domésticos. Quando eu tinha dois anos, ainda urinava na cama e foi meu pai quem me reprovou. Lembro-me de ter dito a ele: "Comprarei para o senhor uma linda cama vermelha em Neutitschein”.

Parei de digitar para fazer uma observação.Minha ansiedade estava sob controle:

R.M: - Dr.Freud, foram dessas experiências infantis que nasceu sua convicção de que era o pai que representava para o filho os princípios de realidade, repressão? A mãe, o príncipio do prazer?

Freud: - Exatamente. Tive poucas lembranças dos meus primeiros três anos, assim como dos seis ou sete anos. Através da auto-análise, recobrei muitas dessas lembranças. Foi com a idade de quarenta e dois anos aproximadamente.

Digitei tudo rapidamente e me lembrei de uma cena de um filme sobre a vida de Sigmund Freud. O menino Sigmund Freud estava deitado na cama ao lado da mãe, Amalie. Entra no quarto, o pai Jacob e Freud compreendeu, então, que a mamãe não era somente dele.

R.M: - Houve algum desentendimento entre pai e filho? - perguntei. - Alguma decepção? - notei uma sombra no olhar do Dr.Freud.

Silêncio. Não, eu não falaria sobre aquela história de que alguém atirara na lama o gorro do seu pai. Freud teria ficado decepcionado com o genitor, porque este não reagiu à ofensa recebida.

Dr. Freud quebrou o silêncio:

Freud: - Eu gostava muito de livros e comprara muitos, o que descontrolou o orçamento doméstico. Foi quando eu tinha dezessete anos, aproximadamente.- afirmou.

Fechei o notebook e fiz uma pequena pausa na entrevista. Havia tanta coisa que eu queria saber e perguntar, mas estava nervosa demais. A presença daquele homem me desconcertava. Mal conseguia controlar o tremor das minhas mãos. Disfarçava o nervosismo com um sorriso.

Dr.Freud aceitou um copo de água mineral sem gás e permiti que fumasse seu charuto favorito. Aí, me lembrei da lei sobre o fumo, mas era um momento especial! Dr. Freud podia tudo naquele momento! Só que ele pediu licença e saiu para fumar. Ele não sabia, mas eu adorava o aroma de charutos. Fiquei preocupada! E se ele não voltasse mais? Dr.Freud voltou para a sala. Estava mais descontraído:

Freud: - Estou quase largando o hábito do fumo!- desculpou-se um pouco desconcertado.- Já fui admoestado sobre isso.- ele comentou.- Quem teria tido coragem de criticar aquele homem? Mas fiquei quieta e abri o computador. Recomeçamos a entrevista com um assunto muito agradável para Freud: sua mãe.

R.M: - Fale um pouco sobre sua mãe:

Freud: - Minha mãe se chamava Amalie Natansohn e era proveniente de Brody, nordeste da Galícia, junto à fronteira russa. Casou-se com meu pai com menos de vinte e um anos. Quando nasci, ela estava com 21 anos.- seu rosto se iluminou quando falou da genitora. - Minha mãe viveu até os noventa e cinco anos de idade.

R.M: - Quantos irmãos o senhor teve?

Freud: - Sete irmãos. - falou com certo orgulho. Julius que morreu quando tinha oito meses, Anna que nasceu quando eu estava com dois anos e meio, Rosa, Marie, Adolfine, Paula e Alexander. Todos os irmãos se casaram, exceto Adolphine, que ficou sempre em companhia de minha mãe.

R.M:- Li sobre umas profecias que foram feitas acerca de seu futuro. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre isso:

Freud: - Certa vez, minha mãe se encontrou com uma velha senhora numa pastelaria. A mulher informou à minha mãe, que ela havia trazido um grande homem ao mundo e minha mãe acreditou firmemente na predição. Foram várias as profecias. Nasci envolvido na membrana amniótica, e que diziam, era sorte.- seus olhos pareciam sorrir ao se lembrar desse fato.

R.M: - Essa velha senhora estava certa.- afirmei olhando para Dr.Freud com admiração.

Não havia orgulho na expressão daquele grande homem. Freud sempre se pronunciou contra o fato de ser objeto de estudo biográfico. Para ele, a única coisa importante eram suas idéias. Sua vida pessoa não podia ter o menor interesse para o mundo. Freud prosseguiu falando da sua mãe:

Freud: - Eu gostava muito de minha mãe e era seu filho favorito. Um homem que tinha sido o inequívoco favorito de sua mãe conserva por toda a vida o sentimento de um conquistador, a confiança no sucesso pessoal, que muitas vezes, leva ao sucesso verdadeiro.

R.M:- O senhor tinha aversão à música? - perguntei observando qual seria a reação dele. Ele não parecia aborrecido ou cansado. Seu rosto adquiriu uma expressão divertida, quase irônica:

Freud: - Esse comentário deve ser por causa de um episódio vivido por mim, quando tinha oito anos. Minha mãe iniciou minha irmã ao piano. Não conseguia estudar com todo aquele barulho e fiquei irritado. Minha mãe se desfez do piano para alegria minha.- ele sorriu.

Tive vontade de perguntar sobre sua formação religiosa, mas desisti. Havia tanta coisa que eu gostaria de saber! Não se sabe muito sobre a formação religiosa de Freud. Li sobre uma babá católica de que ele gostava muito. Seu pai Jacob deve ter sido criado como judeu ortodoxo. Da sua mãe, Freud falava que herdara o "sentimentalismo". Lembrei-me da Bíblia que Freud havia ganhado de presente. Não sabia ao certo de quem ele havia ganhado presente significativo:

R.M: - O senhor ganhou uma Bíblia de presente. Li sobre isso num livro, Dr.Freud. Pode me contar mais sobre esse assunto?- perguntei curiosa.

Freud: - Ah, foi no meu trigésimo quinto aniversário! Ganhei uma Bíblia do meu pai. Junto com esta uma carta. Um trecho da mesma:
"Lê o meu livro: aí abrir-se-ão para ti as fontes da sabedoria e do intelecto!” - Freud estava um pouco emocionado. Resolvi dar outra pausa em nossa entrevista. Freud sorriu e disse que voltaria no dia seguinte.

Queridos internautas aguardem! A entrevista continua!

Bibliografia consultada:

Teorias da Personalidade-James Tadiman Robert Frager
Ernest Jones
Enciclopédia Mirador Internacional
Psicologias do Desenvolvimento-Clara Regina Rappaport
Um estudo autobiográfico-Sigmund Freud
Freud-Uma vida para nosso tempo-Peter Gay



Sandra Cecília
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